Ditos e Escritos é o primeiro número da Coleção Manoel de Oliveira e tem o apoio do ICA – Instituto do Cinema e do Audiovisual.

Manoel de Oliveira sempre acompanhou a sua produção cinematográfica de uma intensa reflexão teórica que traduz, a par e passo, diferentes entendimentos, perspetivas e posicionamentos estéticos acerca do cinema.

Com o intuito de trazer a público esta veia menos conhecida do realizador e reposicionar Manoel de Oliveira no grupo dos mais importantes cineastas-teóricos do século XX, a Casa do Cinema lança uma Coleção de edições críticas, trazendo a público uma seleção dos documentos mais relevantes que integram o arquivo e outros estudos de interesse para um renovado entendimento e contextualização da obra do cineasta.

Manoel Cândido Pinto de Oliveira nasceu a 11 de dezembro de 1908, no Porto. Foi o realizador com a mais longa carreira da história do cinema, num total de 84 anos entre a sua estreia na realização (com Douro, Faina Fluvial, em 1931) e o seu últi­mo filme (Um Século de Energia, em 2015).

Com uma filmografia que inclui mais de cinquenta títulos, foi o único cineasta a passar do cinema mudo ao cinema sonoro, do preto e branco à cor e da película de nitrato ao suporte digital. Tendo continua­do a filmar até aos 106 anos, Manoel de Oliveira teve um amplo reconhecimento crítico, com uma obra que foi sendo pre­miada nos mais importantes festivais de cinema do mundo.