O catálogo dedicado à exposição "Casa, modo de usar”, que Leonor Antunes projetou especificamente para a Casa de Serralves em 2011. A exposição esteve patente em Serralves de 15 de julho a 2 de outubro 2011.

Uma ampla seleção de vistas da instalação e cinco ensaios compõem a mais significativa monografia até à data publicada sobre o trabalho de Leonor Antunes.

Um ensaio de Dieter Roelstraete examina, no contexto de uma singular reflexão acerca da história filosófica da construção de cabanas, as preocupações especulativas que, reunidas sob o conceito de arquitetura, Antunes partilha com os três maiores filósofos de língua alemã do séc. XX (Wittgenstein, Heidegger, and Adorno): identidade e pertença, familiaridade e desenraizamento, domesticidade e interioridade, medida e proporção, espaço e equilíbrio.

A partir do estudo da reconversão da Park Avenue em Manhattan no pós-Guerra, Maria Berman aborda o tema da duplicação em arquitetura.

Doris van Drathen identifica a tentativa da artista para elevar a medição a uma dimensão em que se torna — à semelhança da escrita ou do desenho — um instrumento de compreensão do mundo.

Nuria Enguita Mayo aborda os problemas da escala, da duplicação, e da restrição, entre outros conceitos e espacialidades domésticas.

Ricardo Nicolau analisa o diálogo da artista com a arquitetura da Casa de Serralves e a memória de outros edifícios modernistas e o seu interesse pelas artes decorativas, ditas menores e hoje em vias de extinção.