A nova edição de artista de Rivane Neuenschwander, é uma reprodução de série limitada da obra Hidra Capitalista, que aparece como uma bandeira no último filme da artista e ativista brasileira, “Eu sou uma arara” (2022). Esta média-metragem realizada em parceria com a cineasta Mariana Lacerda, encontra-se atualmente em exibição na Fundação de Serralves, no âmbito da exposição Rivane Neuenschwander: Sementes Selvagens.

Para este projecto Neuenschwander criou inúmeras máscaras e fatos de golfinhos, papagaios, tamanduás, lagartos, tartarugas e várias plantas, incluindo girassóis gigantes. Em Outubro de 2021, esta manifestação marchou pela primeira vez ao longo da Avenida Paulista em São Paulo com cartazes pintados à mão, incluindo 'Pare o Garimpo Ilegal', 'Defender a Alegria' e 'O Futuro É Ancestral' e bandeiras como a hidra de quatro cabeças com os nomes de grandes corporações. Os protagonistas difundem mensagens poderosas que não se baseiam apenas em palavras, mas também incorporam sons, cheiros, fumo e bolhas de sabão, com o objetivo de chamar a atenção para a destruição da floresta tropical e para as preocupações da população indígena.

Hidra Capitalista é uma referência ao legado e revolta do Exército Zapatista de Libertação Nacional em Chiapas, México, em meados da década de 1990. O corpo principal dos Zapatistas é constituído por povos indígenas rurais. Reunidos sob o nome do herói revolucionário Emiliano Zapata (1879-1919), lutam contra a opressão, a confiscação de terras, as condições capitalistas e, em particular, o acordo de comércio livre da NAFTA e a pobreza que este provoca. Outro objetivo é organizar a sua autodefesa contra a violência omnipresente. 

Edição de impressão digital em tecido. Serie limitada de 250 exemplares. Certificado numerado.

Rivane Neuenschwander (nascida em 1967 em Belo Horizonte, Brasil) vive e trabalha em São Paulo, Brasil.