Este livro percorre um período temporal da obra de Miró, desde 1924 a 1981, e está amplamente ilustrado com imagens das obras do artista.

Inclui um penetrante ensaio de Robert Lubar Messeri, curador da mostra e prestigiado estudioso da obra de Joan Miró, passando em revista as sete décadas de intensa criação do artista catalão, em meios tão diversos como a pintura, o desenho, a escultura, a colagem e a tapeçaria.

Materialidade e metamorfose analisa o papel decisivo do substrato material e a natureza morfológica de uma prática artística que desafiou a própria ideia de especificidade do meio, que acompanha a arte de Joan Miró na coleção de oitenta e cinco obras atualmente à guarda da Fundação de Serralves.

A Coleção de Joan Miró é constituída por 85 obras, que são propriedade da Coleção de Arte Contemporânea do Estado, cedida ao Município do Porto e depositada na Fundação de Serralves.

O núcleo de obras vai de 1924 até 1981 e abrangem pinturas, esculturas, colagens, desenhos e tapeçarias.

As obras da exposição estão agregadas por temas que tentam dar uma visão holística do percurso do artista.

Joan Miró (1893—1983), um dos grandes “criadores de formas” do século XX, foi simultaneamente um “assassino” estético que desafiou os limites tradicionais dos meios em que trabalhou. Na sua arte, as diferentes práticas dialogam entre si, cruzando os meios: a pintura comunica com o desenho; a escultura seduz os objetos tecidos; e as colagens, sempre conjugações de entidades díspares, funcionam como princípio maior ou matriz para a exploração das profundezas do real.