

Tote bag com imagem que integra a obra Amanhã Não Há Arte, de Carla Filipe.
"O título Amanhã não há arte está interligado com a linguagem reivindicativa característica dos cartazes políticos. O futuro nunca é negro, o futuro é aberto e constrói-se a partir de possibilidades que existem no presente. Se o artista disser «amanhã não há arte», toda a estrutura artística deixa de existir por ausência deste alicerce que são os objetos artísticos, que fomentam a existência das instituições, galerias, etc."
Obviamente que este título indica uma ação, mas não está ligado a nenhum tipo de coletividade organizada. Ele potencia a existência dessa coletividade, como também torna evidente a sua inexistência no campo específico das artes plásticas.
Carla Filipe (Vila Nova da Barquinha, Portugal, 1973) é uma artista multidisciplinar, autora de uma obra que explora criticamente a relação entre objetos de arte, cultura popular e ativismo. Ancorado no desenho, em experiências pessoais e numa aceção da autobiografia enquanto arquivo experimental da contemporaneidade, o seu processo criativo resulta da apropriação de artefactos e de documentos com que é construída uma forma própria de retrato social e, simultaneamente, de autorretrato.
Ficha informativa
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